Mais de 70 mil pessoas abandonaram a cidade neozelandesa de Christchurch depois do terremoto de 6,3 graus de magnitude registrado em 22 de fevereiro, informou nesta sexta-feira (4) a TV local. O número representa quase 20% da população total da localidade.
O prefeito da cidade, situada na Ilha do Sul, Bob Parquer, afirmou que os habitantes foram retirados ou seguiram para outras localidades devido ao desmoronamento de dezenas de casas e aos cortes de energia elétrica e água.
De acordo com o último boletim das autoridades, a tragédia deixou 163 mortos, mas a estimativa é que o número alcance 220 assim que todos os corpos forem recuperados.
Do total de mortos, que procedem de cerca de 20 países, a polícia identificou apenas 20 corpos, incluindo dois israelenses e um tailandês.
Na quinta-feira (3), as autoridades neozelandesas descartaram a existência de sobreviventes debaixo dos escombros dos edifícios destruídos e concentraram as tarefas na recuperação de corpos. "Infelizmente, dado o tempo transcorrido, chegou o momento de concentrar os esforços na recuperação de cadáveres", disse o chefe da Defesa Civil, John Hamilton.
Uma equipe internacional de 900 pessoas realiza os trabalhos de resgate dos corpos, incluindo os de 120 estudantes chineses e japoneses sob os muros derrubados de uma escola de idiomas que funcionava dentro do edifício de uma emissora de televisão de Canterbury.
Na terça-feira (1º), o primeiro-ministro do país, John Key, se comprometeu a criar uma comissão de investigação para esclarecer por que tantos edifícios desabaram como castelos de cartas em uma área propensa à atividade sísmica como Christchurch, que há seis meses sofreu um tremor de 7 graus de magnitude.
A reconstrução custará pelo menos US$ 12 bilhões e a economia não recuperará o crescimento sustentado até junho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário