Adly, em prisão preventiva, enfrenta acusações de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. Na abertura do julgamento, o político negou ter cometido os crimes. O tribunal penal de Guiza, presidido pelo juiz Mohamadi Qansua, decidiu atrasar a audiência até 2 abril em resposta a um pedido da defesa para se informar e apresentar documentação, assinalou a agência de notícias Mena.
Além disso, a corte autorizou a defesa e os advogados a tirar cópias de todos os documentos apresentados pela parte litigante e decidiu pela continuação da prisão preventiva do acusado. A fonte não especificou se o ex-ministro se apresentou neste sábado no tribunal.
A Procuradoria Geral iniciou as investigações depois de receber, no último dia 12, uma notificação da Unidade de Luta Contra a Lavagem de Dinheiro do Banco Central egípcio que informava que o dono de uma construtora depositara pouco menos de R$ 1,665 milhão (4,5 milhões de libras egípcias) em uma conta bancária de Adli.
As investigações revelaram que a mesma construtora tinha sido anteriormente beneficiária de um projeto do Ministério do Interior. No último dia 17, o procurador-geral egípcio, Abdelmeguid Mahmoud, ordenou a prisão preventiva de Adli e de outros três ex-responsáveis do regime de Hosni Mubarak.
Cinco dias depois, Mahmoud ordenou o processo contra Adli e o ex-ministro de Turismo Zoher Garana por via penal urgente. O início do julgamento coincide com a invasão, em Alexandria, de um edifício dos serviços da Segurança do Estado, dependentes do Ministério do Interior.
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