Segundo o jornal "Tribuna do Norte", quatro pessoas foram detidas ontem portando drogas, armas e R$ 14.446,00 no município de Macaíba, na Grande Natal. A Polícia não tem dúvida de que o dinheiro é resultado da venda de drogas. Prisões fizeram parte da “Operação Momo” que visa combater os crimes dessa natureza na localidade às vésperas do Carnaval. Chamou atenção o fato de dois dos envolvidos serem maiores de 60 anos: um com 62 e outro com 75. O delegado de Macaíba, Normando Feitosa, esclareceu o objetivo da operação. “Estamos realizando essa investigação há três meses e prendemos três dos quatro aqui na área urbana. Com eles estavam dois revólveres calibre 38 e 21 pedras de crack”, contou.
O outro homem que foi preso no conjunto Nova Natal, na zona Norte da capital, é Jeferson Pereira Praxedes também acusado de comercializar entorpecentes. Contra ele já existia mandado de prisão preventiva. Com Rainel Silva da Cunha, de 54 anos, estavam R$ 10.400 do total de mais de R$ 14 mil. Os outros dois acusados terão a identidade preservada em virtude da idade avançada.
À TRIBUNA DO NORTE, Rainel negou que o dinheiro encontrado com ele fosse proveniente do comércio de drogas. “Sou aposentado da Caern e recebo R$ 3 mil por mês. O dinheiro vinha daí”, alegou. Para Normando, não há dúvida. “Rainel será indiciado por associação para o tráfico, já que foi comprovado apenas que ele guardava o dinheiro de outra pessoa. Os demais responderão por tráfico de drogas”, afirmou.
De acordo com delegado, a pessoa que encabeçava o bando era o homem de 75 anos. O delegado concluirá o inquérito para enviá-lo à Justiça. Até lá, os supostos criminosos permanecerão em unidades prisionais do estado.
Investigação
O delegado Normando Feitosa informou que a prisão de ontem também fez parte da investigação que já havia prendido as oito pessoas. A Operação Campinas foi deflagrada no dia 11 de fevereiro em Macaíba e deteve oito pessoas envolvidas com o tráfico de drogas e assaltos. Na oportunidade, a Polícia apreendeu também duas pistolas calibre 380, um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 12 e outras duas artesanais, uma garrucha calibre 22, além de facões e facas. Mais de trezentas pedras de crack estava com a quadrilha, que surpreendeu por ser a maioria integrantes da mesma família. Os oito detidos foram indiciados por formação de quadrilha, associação para o tráfico, tráfico de entorpecentes e porte ilegal de arma de fogo. As prisões ocorreram em duas comunidades do município, Campinas e Vilar – tendo a primeira mais relevância e batizando a operação.
Foram detidos: Maria de Fátima Rocha de Farias, de 46 anos e os dois filhos Jonas Batista da Silva, 19, e Fabiano Batista da Silva, de 22; este última tinha como companheira Célia Alves de Lima, 44, que também responderá pelos crimes. Completam a lista Luklesson Gomes da Silva, 19 - conhecido por Binho e apontado como líder do bando -, Juscelino de Lima Fernandes, 26, e Luandro Luiz da Silva, de 24. Um menor de 16 anos também foi apreendido.
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